15.2.10

Bacalhau de domingo

No almoço do dia 7 de fevereiro, eu estava na casa da tia Cristina. Postas grandes e macias, regadas com bom azeite e deliciosas batatinhas estavam no centro da mesa, esperando que a família atacasse. Eu me sentei ao lado do vô Arlindo, que da cabeceira da mesa admirava seu prato preferido, servido especialmente para comemorar os 88 anos de vida do patriarca.
Antes da primeira garfada, ele me contou que achava graça da trajetória do bacalhau. Na infância dele, era algo barato, "comida de pobre", que ficava do lado de fora da venda. Hoje é prato fino, de dia de festa.
Ontem eu e o marido repetimos o cardápio e fomos ao bar Espírito Santo comer bacalhau. Pedimos a versão desfiada com palmito e tomates, sob purê de batata, tudo gratinado no forno. Faltou sabor ao peixe, talvez eu não goste de bacalhau desfiado (pode ser, né?). Era gostosinho, sim, não me leve a mal. Mas senti falta daquelas postas altas e deliciosas da casa da tia Cristina.

Espírito Santo. R. Horácio Lafer, 634, Itaim Bibi, 3078-7748.
Casa da Tia Cristina. Fique meu amigo.

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